O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (16) com um pedido para interromper o processo eleitoral da entidade. A medida ocorre após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinar sua saída da presidência, ao considerar inválida a assinatura que sustentava o acordo homologado pelo STF no início do ano.
De acordo com a defesa de Ednaldo, o pedido busca assegurar o respeito às decisões anteriores do Supremo, proteger o controle de constitucionalidade e manter a estabilidade institucional da CBF. A destituição foi determinada na última quarta-feira (15) pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que apontou falhas na assinatura do então vice-presidente Coronel Nunes no documento que garantia Ednaldo no comando da entidade até 2026.
O acordo em questão foi firmado em 2022, após anos de disputas judiciais sobre as regras eleitorais da CBF, alvo de questionamentos do Ministério Público do Rio de Janeiro desde 2017. A defesa alega que Nunes, diagnosticado com câncer cerebral em 2018, não tinha plena capacidade cognitiva para firmar o documento de forma consciente e voluntária.